Luiz Vasconcelos |
Em Manacapuru, governador fez duro discurso contra os adversários. Indiretamente, Amazonino Mendes foi atacado |
Aristide Furtado
Da equipe de A CRÍTICA
MANACAPURU (AM) - O governador Eduardo Braga (PMDB) usou a caravana de entrega de implementos agrícolas do Governo do Estado em Manacapuru, no sábado, para fazer graves acusações contra o prefeito de Manaus e pré-candidato ao Governo do Amazonas, Amazonino Mendes (PTB), e o deputado estadual oposicionista, Ângelus Figueira (PV).
Para um público de cerca de três mil pessoas, Braga afirmou que ele e o vice-governador, Omar Aziz (PMN), foram procurados por poderosos que já foram "três vezes prefeito e três vezes governador" para fazer acordos espúrios para a campanha eleitoral. "O que eles querem é só uma coisa. Fazer acordo para engordar as contas deles em outros lugares. É isso que eles querem. E com isso eu não embarco", declarou o governador do Estado. "Tem muito poderoso que vem aqui e dá uma de valente em praça pública e lá em Manaus fica procurando o Omar e a mim para fazer acordo em gabinete. Eu não faço acordo em gabinete".
Mesmo sem citar nomes, a artilharia de Braga teve endereço certo. Ângelus Figueira, que faz parte da bancada de oposição ao Governo, foi prefeito de Manacapuru em três mandatos (de 1988 a 1992, de 1996 a 2000, e de 2001 ao início de 2004). O mesmo número de vezes que Amazonino governou o Estado (de 1987 a 1990, de 1995 a 1998, e de 1999 a 2002).
Foi a segunda vez, em menos de uma semana, que Eduardo Braga dispara contra o prefeito de Manaus, que é tido nos bastidores da política amazonense como o fiel da balança nas próximas eleições, caso não se candidate e decida apoiar um dos concorrentes. Almejam o apoio do ex-governador, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), e Omar Aziz.
O lugar escolhido por Braga para fazer acusações contra Amazonino também não foi por acaso. Manacapuru é reduto estratégico na eleição para governador. É o segundo maior colégio eleitoral do interior do Amazonas, com 55.395 eleitores. Para Amazonino, o município tem valor simbólico. Na eleição de 1998, quando venceu Braga em apertada disputa pelo Governo, ele comemorou em Manacapuru, onde obteve 68% dos votos.
O mote das críticas de Braga a Amazonino, em Manacapuru, foi a entrega de mil títulos de terras para moradores do Bairro da Liberdade, o maior colégio eleitoral do município. "Quem já foi três vezes prefeito, três vezes governador não pode atirar pedra em ninguém se teve oportunidade e não fez. Vamos acabar com essa história de quem pega o dinheiro público para dar corda em alguns ao invés de desapropriar e pagar terra e dar título definitivo para quem precisa", disse o governador.
Na última sexta-feira, em uma vídeo conferência para estudantes do ensino médio à distância, o governador atacou Amazonino ao dizer que o ex-governador esqueceu as famílias do interior quando administrou o Estado. Segundo ele, Amazonino fez um governo de "tapinha nas costas".
Por meio de sua assessoria de comunicação, o prefeito Amazonino Mendes disse que não iria comentar as declarações do governador Eduardo Braga. Amazonino disse também que já está cansado de declarar a sua posição nas próximas eleições. O prefeito já disse, em outras ocasiões, que não vai ser candidato.
Da equipe de A CRÍTICA
MANACAPURU (AM) - O governador Eduardo Braga (PMDB) usou a caravana de entrega de implementos agrícolas do Governo do Estado em Manacapuru, no sábado, para fazer graves acusações contra o prefeito de Manaus e pré-candidato ao Governo do Amazonas, Amazonino Mendes (PTB), e o deputado estadual oposicionista, Ângelus Figueira (PV).
Para um público de cerca de três mil pessoas, Braga afirmou que ele e o vice-governador, Omar Aziz (PMN), foram procurados por poderosos que já foram "três vezes prefeito e três vezes governador" para fazer acordos espúrios para a campanha eleitoral. "O que eles querem é só uma coisa. Fazer acordo para engordar as contas deles em outros lugares. É isso que eles querem. E com isso eu não embarco", declarou o governador do Estado. "Tem muito poderoso que vem aqui e dá uma de valente em praça pública e lá em Manaus fica procurando o Omar e a mim para fazer acordo em gabinete. Eu não faço acordo em gabinete".
Mesmo sem citar nomes, a artilharia de Braga teve endereço certo. Ângelus Figueira, que faz parte da bancada de oposição ao Governo, foi prefeito de Manacapuru em três mandatos (de 1988 a 1992, de 1996 a 2000, e de 2001 ao início de 2004). O mesmo número de vezes que Amazonino governou o Estado (de 1987 a 1990, de 1995 a 1998, e de 1999 a 2002).
Foi a segunda vez, em menos de uma semana, que Eduardo Braga dispara contra o prefeito de Manaus, que é tido nos bastidores da política amazonense como o fiel da balança nas próximas eleições, caso não se candidate e decida apoiar um dos concorrentes. Almejam o apoio do ex-governador, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), e Omar Aziz.
O lugar escolhido por Braga para fazer acusações contra Amazonino também não foi por acaso. Manacapuru é reduto estratégico na eleição para governador. É o segundo maior colégio eleitoral do interior do Amazonas, com 55.395 eleitores. Para Amazonino, o município tem valor simbólico. Na eleição de 1998, quando venceu Braga em apertada disputa pelo Governo, ele comemorou em Manacapuru, onde obteve 68% dos votos.
O mote das críticas de Braga a Amazonino, em Manacapuru, foi a entrega de mil títulos de terras para moradores do Bairro da Liberdade, o maior colégio eleitoral do município. "Quem já foi três vezes prefeito, três vezes governador não pode atirar pedra em ninguém se teve oportunidade e não fez. Vamos acabar com essa história de quem pega o dinheiro público para dar corda em alguns ao invés de desapropriar e pagar terra e dar título definitivo para quem precisa", disse o governador.
Na última sexta-feira, em uma vídeo conferência para estudantes do ensino médio à distância, o governador atacou Amazonino ao dizer que o ex-governador esqueceu as famílias do interior quando administrou o Estado. Segundo ele, Amazonino fez um governo de "tapinha nas costas".
Por meio de sua assessoria de comunicação, o prefeito Amazonino Mendes disse que não iria comentar as declarações do governador Eduardo Braga. Amazonino disse também que já está cansado de declarar a sua posição nas próximas eleições. O prefeito já disse, em outras ocasiões, que não vai ser candidato.
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