Balsas do São Raimundo passam a contar com guias turísticos
Nas apresentações, o grupo irá mostrar aos passageiros informações sobre a geografia amazônica e os fenômenos da seca e cheia, além de orientações sobre preservação ambiental.
Manaus - De sexta-feira a domingo, 15 voluntários da ONG 'Juventude Responsável' irão atuar como guias turísticos nas balsas Porto do São Raimundo, zona oeste de Manaus, no trajeto Manaus/Iranduba/Manaus. O programa deu início às atividades na tarde deste sábado, 08 de janeiro.
Segundo o assessor da Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH), Marinaldo Matos, em 35 anos de existência do porto, esta é a primeira equipe a fazer um trabalho de guias turísticos nas balsas. Nas apresentações, o grupo irá mostrar aos passageiros informações sobre a geografia amazônica e os fenômenos da seca e cheia, além de orientações sobre preservação ambiental.
As balsas escolhidas para receber o programa são as que fazem a viagem até o município de Iranduba. Matos conta que este trajeto foi o escolhido por passar sob a ponte do rio Negro, ainda em construção pelo Governo do Amazonas. As viagens guiadas devem se estender até o primeiro fim de semana de fevereiro, informa o assessor. "Esta é uma turma experimental. Iremos trabalhar até fevereiro porque nesta época, o trajeto até o Iranduba será desativado, ficando apenas a viagem para o Cacau Pirera", comenta.
De balsa, a viagem entre Manaus e Iranduba leva cerca de 1h05min. De acordo com Matos, as apresentações turísticas devem durar 20min. "Quando estivermos a um quilometro de distância da obra, começamos as apresentações. Com isso também poderemos dar informações sobre a construção enquanto passamos por baixo desta que é a maior ponte fluvial do planeta".
Além de assessor da SNPH, Marinaldo Matos também é o coordenado da ONG 'Juventude Responsável'. De acordo com ele, o programa de guias é feito em convênio com a Universidade Fametro. Ele informa que, em troca do trabalho, os universitários irão ganhar horas e pontos curriculares.
Expectativa
Para a voluntária Shirley Dutra, de 20 anos, o programa pode trazer muitos mais benefícios do que apenas as horas complementares. Ela acaba de concluir o 1o período do curso de Turismo e espera que, a partir das apresentações, poderá melhorar habilidades de oratória e atendimento ao público. "Não sou de falar muito, mas acredito que, com o passar do tempo, vou aprimorar minha 'desenvoltura'. Estou meio perdida, mas isso é coisa do primeiro dia".
Outro voluntário que tem boas expectativas sobre o programa de guias é Arleson Xavier, 21. No 4o período de Turismo, ele também destaca todo o aprendizado no programa. "Estamos ganhando muita informação sobre nosso Estado", comenta.
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