Fotos: Clóvis Miranda |
Tubulação de esgoto quebrou e deu origem a um córrego de águas sujas que se espalha pela areia da praia e chega ao rio Negro. Banhistas não temem o perigo |
Monica Prestes
Especial para A CRÍTICA
Para quem frequenta a praia da Ponta Negra, o principal balneário de Manaus, em uma tarde quente e ensolarada como a de ontem, é difícil resistir a um mergulho nas águas do rio Negro. E nem mesmo a poluição a olhos vistos de um dos trechos mais procurados pelos banhistas que querem fugir do movimento da área central da praia afasta essas pessoas da água que, ali, certamente é imprópria para o banho.
A água de coloração escura e forte mau cheiro que sai dos esgotos dos bares localizados no calçadão da Ponta Negra, área conhecida como "inferninho", corre por uma tubulação de concreto que corta a areia e vai até dentro do rio para lançar os dejetos em um local mais afastado dos banhistas. Mas parte dessa tubulação, entre a areia e o rio, está entupida e, com isso, o esgoto rompeu a tubulação e agora corre a céu aberto.
Segundo banhistas, o problema existe há tanto tempo que a água suja do esgoto já cavou um córrego na areia, em plena praia e agora deságua em meio aos banhistas, se misturando à água do rio onde brincam e nadam famílias inteiras.
E muitos desses banhistas não sabem o risco que correm nadando em meio à água suja que vem do esgoto dos bares. É o caso do panificador Raimundo Pereira, 25, que ontem nadava bem em frente ao ponto onde o esgoto deságua no rio, acompanhado de duas amigas, uma delas com o filho de oito meses. "Sempre procuro o fim da praia porque é menos lotado, mas agora que descobri de onde vem essa água vou me afastar".
Ele acredita que vai sofrer com o problema mesmo assim. "Esse esgoto se espalha por toda praia e deve chegar à outra ponta", analisou.
A dona de casa Gleiciane Michiles, 18, estava sentada sobre a tubulação de esgoto com o filho Railan, de oito meses, sem saber que nadavam em meio ao esgoto. "Agora que vi a cor da água temo que meu filho adoeça. Mas só temos este lazer", lamentou.
Para o serigrafista James Rooney da Silva, 30, mesmo poluído pelo esgoto dos bares do calçadão, o balneário da Ponta Negra ainda é a melhor opção de lazer na cidade para quem tem baixo poder aquisitivo. "Quem tem condições não fica aqui nessa sujeira, pega um barco e atravessa o rio, nada em praias bem mais limpas que aqui".
Além da poluição da praia, quem freqüenta o balneário da Ponta Negra aos finais de semana precisa conviver com o mau cheiro de esgoto, urinas e fezes, que estão por todos os lados. Parte dos esgotos da região dos bares também está entupida e transbordando em meio ao calçadão.
Especial para A CRÍTICA
Para quem frequenta a praia da Ponta Negra, o principal balneário de Manaus, em uma tarde quente e ensolarada como a de ontem, é difícil resistir a um mergulho nas águas do rio Negro. E nem mesmo a poluição a olhos vistos de um dos trechos mais procurados pelos banhistas que querem fugir do movimento da área central da praia afasta essas pessoas da água que, ali, certamente é imprópria para o banho.
A água de coloração escura e forte mau cheiro que sai dos esgotos dos bares localizados no calçadão da Ponta Negra, área conhecida como "inferninho", corre por uma tubulação de concreto que corta a areia e vai até dentro do rio para lançar os dejetos em um local mais afastado dos banhistas. Mas parte dessa tubulação, entre a areia e o rio, está entupida e, com isso, o esgoto rompeu a tubulação e agora corre a céu aberto.
Segundo banhistas, o problema existe há tanto tempo que a água suja do esgoto já cavou um córrego na areia, em plena praia e agora deságua em meio aos banhistas, se misturando à água do rio onde brincam e nadam famílias inteiras.
E muitos desses banhistas não sabem o risco que correm nadando em meio à água suja que vem do esgoto dos bares. É o caso do panificador Raimundo Pereira, 25, que ontem nadava bem em frente ao ponto onde o esgoto deságua no rio, acompanhado de duas amigas, uma delas com o filho de oito meses. "Sempre procuro o fim da praia porque é menos lotado, mas agora que descobri de onde vem essa água vou me afastar".
Ele acredita que vai sofrer com o problema mesmo assim. "Esse esgoto se espalha por toda praia e deve chegar à outra ponta", analisou.
A dona de casa Gleiciane Michiles, 18, estava sentada sobre a tubulação de esgoto com o filho Railan, de oito meses, sem saber que nadavam em meio ao esgoto. "Agora que vi a cor da água temo que meu filho adoeça. Mas só temos este lazer", lamentou.
Para o serigrafista James Rooney da Silva, 30, mesmo poluído pelo esgoto dos bares do calçadão, o balneário da Ponta Negra ainda é a melhor opção de lazer na cidade para quem tem baixo poder aquisitivo. "Quem tem condições não fica aqui nessa sujeira, pega um barco e atravessa o rio, nada em praias bem mais limpas que aqui".
Além da poluição da praia, quem freqüenta o balneário da Ponta Negra aos finais de semana precisa conviver com o mau cheiro de esgoto, urinas e fezes, que estão por todos os lados. Parte dos esgotos da região dos bares também está entupida e transbordando em meio ao calçadão.
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