Pecado sem perdão
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Em quais situações uma pessoa pode atingir o ponto de ser considerada imperdoável?
Bruno Barreira
A interpretação acerca do pecado sem perdão é bastante delicada. Isso porque, dependendo da corrente teológica, existe a crença de que é impossível cair da graça de Deus, uma vez que o indivíduo teve um encontro real com o Senhor. Esta crença está baseada em versículos como Filipenses 1.6, que diz: "aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo".
No entanto, vários outros versículos exortam a Igreja a vigiar e orar sempre, para não cair da graça. O texto de Hebreus 6: 4-8, por exemplo, é capaz de causar arrepios em qualquer irmão que andou se descuidando dos caminhos do Senhor. Ele afirma o seguinte: "É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para o arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus a ignomínia. Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada".
Com efeito, Jesus Cristo também afirmou: "Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens" (Mateus 12.31). Diante destas profundas afirmações bíblicas, como afirmar que não há pecado sem perdão e o que, de fato, querem dizer essas Palavras? O livro de Hebreus quer dizer que aquele que já conheceu o prazer do Espírito Santo e voltou a percar não terá perdão?
De acordo com o evangelista, jornalista e escritor Silas Daniel, da Igreja Assembléia de Deus em Arthur Rios, no Rio de Janeiro, não é exatamente isso. Ele concorda que há situações em que não há mais espaço para o perdão. Mas ressalta que o simples desejo sincero, que nasce no coração, em buscar a Deus, mesmo estando o indivíduo numa situação pecaminosa, já indica uma ação de convencimento realizada pelo Espírito para restaurar a pessoa.
Ele explica que a palavra correta para definir os casos sem volta é a apostasia. Segundo Silas, o texto de Hebreus se refere justamente a isso. "O que é apostasia? Não é o mero desviar-se da igreja. Não é ter um momento de fraqueza e afastar-se de Deus. É o abandono público, convicto e definitivo da fé em Jesus. O texto refere-se claramente a alguém que aceitou Jesus de verdade e experimentou todas as bênçãos decorrentes da Salvação, mas, apesar disso, resolveu abandonar o Evangelho convictamente. Trata-se de uma pessoa que, depois de conhecer Jesus, decidiu voluntária, pública e convictamente negar tudo aquilo em que creu", explica.
Silas Daniel cita outra passagem no mesmo livro que fala sobre o mesmo assunto. "O texto de Hebreus 10.26-31 refere-se à mesma coisa: apostasia. Note que o texto fala que a pessoa em tela 'calcou aos pés o Filho de Deus' ou, como diz outra versão, 'pisou o Filho de Deus' (Hb 10.29). Quer dizer que trata-se de uma pessoa que desprezou totalmente Cristo e o Evangelho. Não é o tipo de pessoa que afastou-se de Deus, mas, lá no seu coração, não só sabe que o Evangelho é melhor como quer ter forças para voltar a viver com Deus. Então, o texto de Hebreus refere-se a alguém que, mesmo sabendo quem é Jesus, mesmo depois de ter experimentado a comunhão com Deus, desprezou tudo deliberadamente (Hb 10.26), não quer voltar-se para Deus mesmo, despreza totalmente tudo que experimentou. É uma atitude consciente, definitiva, convicta. Trata-se de um caso extremo e definitivo", ressalta.
O evangelista afirma que, mesmo sendo um perigo para a fé cristã, a apostasia só é consumada com o contínuo e deliberado pecar contra a voz do Espírito Santo. "Em Mateus 12.31, Jesus fala disso. A blasfêmia contra o Espírito Santo é o resultado de um processo de endurecimento que chegou ao seu final. Quando o endurecimento do coração atinge certa intensidade que somente Deus conhece, o Espírito Santo já não lutará para levar aquela pessoa ao arrependimento. É só ler Provérbios 29.1 e Deuteronômio 29.18-21. Uma pessoa nessa situação chega ao ponto de chamar o mal de bem e o bem de mal, depois de ter experimentado o verdadeiro bem, com dizem Romanos 1.28 e Isaías 5.20. Quem realmente apostatou da fé não tem mais perdão tão somente porque não quer o perdão, não quer se arrepender mesmo. Por isso, para eles não há volta", afirma.
Sendo assim, Silas conclui. "Quem se preocupa sinceramente com sua vida espiritual, quem se sente arrependido dos seus pecados e quer voltar-se para Deus, não cometeu a chamada 'apostasia imperdoável' ou 'pecado sem perdão'. O simples fato de sentir disposição de se arrepender por pensar que já cometeu o 'pecado imperdoável' já é uma evidência de que a pessoa não cometeu esse tal pecado. A Bíblia diz que quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo é o Espírito Santo. A Bíblia diz que o crente se arrepende e tem o desejo de ser fiel. Já quem apostatou não quer se arrepender, não tem o desejo de mudar e, porque endureceu o coração definitivamente, o Espírito Santo se afastou dele, não luta mais para convencê-lo do pecado, da justiça e do juízo", finaliza.
No entanto, vários outros versículos exortam a Igreja a vigiar e orar sempre, para não cair da graça. O texto de Hebreus 6: 4-8, por exemplo, é capaz de causar arrepios em qualquer irmão que andou se descuidando dos caminhos do Senhor. Ele afirma o seguinte: "É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para o arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus a ignomínia. Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada".
Com efeito, Jesus Cristo também afirmou: "Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens" (Mateus 12.31). Diante destas profundas afirmações bíblicas, como afirmar que não há pecado sem perdão e o que, de fato, querem dizer essas Palavras? O livro de Hebreus quer dizer que aquele que já conheceu o prazer do Espírito Santo e voltou a percar não terá perdão?
De acordo com o evangelista, jornalista e escritor Silas Daniel, da Igreja Assembléia de Deus em Arthur Rios, no Rio de Janeiro, não é exatamente isso. Ele concorda que há situações em que não há mais espaço para o perdão. Mas ressalta que o simples desejo sincero, que nasce no coração, em buscar a Deus, mesmo estando o indivíduo numa situação pecaminosa, já indica uma ação de convencimento realizada pelo Espírito para restaurar a pessoa.
Ele explica que a palavra correta para definir os casos sem volta é a apostasia. Segundo Silas, o texto de Hebreus se refere justamente a isso. "O que é apostasia? Não é o mero desviar-se da igreja. Não é ter um momento de fraqueza e afastar-se de Deus. É o abandono público, convicto e definitivo da fé em Jesus. O texto refere-se claramente a alguém que aceitou Jesus de verdade e experimentou todas as bênçãos decorrentes da Salvação, mas, apesar disso, resolveu abandonar o Evangelho convictamente. Trata-se de uma pessoa que, depois de conhecer Jesus, decidiu voluntária, pública e convictamente negar tudo aquilo em que creu", explica.
Silas Daniel cita outra passagem no mesmo livro que fala sobre o mesmo assunto. "O texto de Hebreus 10.26-31 refere-se à mesma coisa: apostasia. Note que o texto fala que a pessoa em tela 'calcou aos pés o Filho de Deus' ou, como diz outra versão, 'pisou o Filho de Deus' (Hb 10.29). Quer dizer que trata-se de uma pessoa que desprezou totalmente Cristo e o Evangelho. Não é o tipo de pessoa que afastou-se de Deus, mas, lá no seu coração, não só sabe que o Evangelho é melhor como quer ter forças para voltar a viver com Deus. Então, o texto de Hebreus refere-se a alguém que, mesmo sabendo quem é Jesus, mesmo depois de ter experimentado a comunhão com Deus, desprezou tudo deliberadamente (Hb 10.26), não quer voltar-se para Deus mesmo, despreza totalmente tudo que experimentou. É uma atitude consciente, definitiva, convicta. Trata-se de um caso extremo e definitivo", ressalta.
O evangelista afirma que, mesmo sendo um perigo para a fé cristã, a apostasia só é consumada com o contínuo e deliberado pecar contra a voz do Espírito Santo. "Em Mateus 12.31, Jesus fala disso. A blasfêmia contra o Espírito Santo é o resultado de um processo de endurecimento que chegou ao seu final. Quando o endurecimento do coração atinge certa intensidade que somente Deus conhece, o Espírito Santo já não lutará para levar aquela pessoa ao arrependimento. É só ler Provérbios 29.1 e Deuteronômio 29.18-21. Uma pessoa nessa situação chega ao ponto de chamar o mal de bem e o bem de mal, depois de ter experimentado o verdadeiro bem, com dizem Romanos 1.28 e Isaías 5.20. Quem realmente apostatou da fé não tem mais perdão tão somente porque não quer o perdão, não quer se arrepender mesmo. Por isso, para eles não há volta", afirma.
Sendo assim, Silas conclui. "Quem se preocupa sinceramente com sua vida espiritual, quem se sente arrependido dos seus pecados e quer voltar-se para Deus, não cometeu a chamada 'apostasia imperdoável' ou 'pecado sem perdão'. O simples fato de sentir disposição de se arrepender por pensar que já cometeu o 'pecado imperdoável' já é uma evidência de que a pessoa não cometeu esse tal pecado. A Bíblia diz que quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo é o Espírito Santo. A Bíblia diz que o crente se arrepende e tem o desejo de ser fiel. Já quem apostatou não quer se arrepender, não tem o desejo de mudar e, porque endureceu o coração definitivamente, o Espírito Santo se afastou dele, não luta mais para convencê-lo do pecado, da justiça e do juízo", finaliza.
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